segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Emília, Emília, Emília...


Hoje estava me lembrando de minha infância, lá pelos meus sete anos...dentre outras lembranças de uma época deliciosamente feliz. Naquela época(e ainda hoje) eu era apaixonada pela obra de Monteiro Lobato. A Sendas estava fazendo um concurso para a próxima Narizinho e como eu tenho o nariz arrebitado, achei que teria uma chance,que nunca chegou...voltei para minhas bonecas de pano e a fazer o que mais gostava: fuçar a caixa de costura de mamãe. Frustação? Que nada! Afinal de contas, no fundo, no fundo, a personagem que eu mais gostava, a mais questionadora de todos os seres falantes, era a Emília, com seu jeito espevitado, sempre chamando os chatos de plantão de cara de coruja seca(às vezes eu quase chamo alguns assim).Daí a idéia do nome do blog...a canastrinha da Emília é uma caixa onde ela guarda tudo que ela considera seus tesouros.

Ei-la, minha canastrinha.

Serei Emília até quando der.

domingo, 15 de fevereiro de 2009

Mistério!!!!!!

Cá estou eu, jiboiando, como diria minha amiga Aline, depois de ter comido até quase estourar e queimando as pestanas tentando desvendar os mistérios do blog: templates, gadgets etc.Ainda chego lá e hei de tirar esse marrom horroroso aí do lado!

sábado, 14 de fevereiro de 2009

Vou tentar começar...

Traduzir-se

Uma parte de mim
é todo mundo:
outra parte é ninguém:
fundo sem fundo.

Uma parte de mim
é multidão:
outra parte estranheza
e solidão.

Uma parte de mim
pesa, pondera:
outra parte
delira

Uma parte de mim
almoça e janta:
outra parte
se espanta.

Uma parte de mim
é permanente:
outra parte
se sabe de repente.

Uma parte de mim
é só vertigem:
outra parte,
linguagem.

Traduzir uma parte
na outra parte
_ que é uma questão
de vida ou morte_
será arte?

Ferreira Gullar